Acreditar na tipologia geracional é o primeiro erro de carreira cometido pelos jovens da Geração Y.
A agilidade de uma geração que cresceu com rápidas mudanças tecnológicas está plenamente de acordo com as necessidades atuais das empresas. “O que o mercado de trabalho exige vem ao encontro do que a Geração Y tem a oferecer”. No entanto, os jovens devem ficar atentos para não cometer alguns tropeços, já que a os primeiros anos de carreira geralmente são permeados por muitas dúvidas, principalmente no que diz respeito à conduta esperada pelo mundo corporativo. EXAME.com foi investigar com os especialistas quais os erros mais comuns cometidos pelos profissionais da Geração Y. Confira o que eles disseram:
Cair nos estereótipos
geracionais
“É uma geração inquieta,
multitarefa e questionadora. O primeiro erro destes jovens é acreditar que eles
são da Geração Y e atuarem com tal”, diz o coach Homero Reis.
Ou seja, acreditar nesta
tipologia geracional e apostar em uma postura estereotipada é, de acordo com o
especialista, um erro.
Não é porque você é jovem que não precisará se adaptar à cultura corporativa e respeitar hierarquias, por exemplo. “As empresas não convivem, o profissional vai precisar entrar no esquema da companhia”, explica.
Não é porque você é jovem que não precisará se adaptar à cultura corporativa e respeitar hierarquias, por exemplo. “As empresas não convivem, o profissional vai precisar entrar no esquema da companhia”, explica.
Imediatismo
“A pessoa nem planta e
já quer colher os frutos”, diz Homero Reis. O tempo de “casa”, geralmente, é o
preço a se pagar para conquistar uma promoção. “Mas nem todos os jovens estão
atentos a esse tempo de aprendizado, e a ansiedade prejudica bastante”,
acrescenta Avellar. É comum os profissionais da Geração Y partirem em
busca de novas oportunidades sem se darem o tempo necessário de amadurecimento
no cargo necessário para garantir a ascensão profissional. “Quando eles
consideram que as coisas não estão acontecendo, já partem para outra”, diz
Avellar.
Achar-se dono da
verdade
É o que Homero Reis
chama de relativismo. “O jovem interpreta o mundo a sua maneira e considera que
esta interpretação é a única verdadeira”, explica. A consequência é deixar de
ouvir as outras pessoas e aprender com elas.
Esta prepotência tem
mesmo sido um dos problemas detectados pelos executivos quando o assunto é
relacionamento dentro do ambiente de trabalho, de acordo com empresário gaúcho
Bruno Perin criou o projeto Será que Tá certo?, em que executivos de sucesso
dão dicas de carreira para a geração Y.
“Os jovens já estão
sofrendo com os conflitos internos nas empresas já que em um mesmo ambiente
convivem pessoas de gerações diferentes”, diz Avellar.
Não aprender com os
erros
Para Homero Reis, um
problema recorrente nos jovens da geração Y é a ausência do que ele nomeia como
'senhoridade'. “É um conceito relacionado à capacidade que a pessoa tem de
sustentar a vida a partir de suas próprias experiências”, explica.
Para desenvolver a "senhoridade"
é preciso percorrer uma estrada, ganhar experiência e aprender com os erros
cometidos. “Quem não tem senhoridade não se vê responsável pelos seus erros e
fracassos. Se erra, o culpado é o outro”, diz.
Pensar que você não foi
aprovado em um concurso porque a concorrência era grande ou justificar a
promoção que não veio com o fato de o chefe não gostar de você são exemplos de
falta de “senhoridade”, diz o especialista.
“Se não passou no
concurso é porque não estudou o suficiente. Se não foi promovido é porque a
relação com o chefe não é boa e o profissional também tem responsabilidade
nisso”, diz ele, considerando que falta nos jovens a capacidade de aprender com
os erros.
5 Dificuldade de criar
relacionamentos sustentáveis
“O maior erro é não
criar relacionamentos sustentáveis com as pessoas e as empresas.”, diz Avellar.
A superficialidade das relações é uma grande inimiga do networking, que para
ter efeito esperado necessita de tempo e investimento, lembra o
especialista.
Mas não é só isso, a
relação com as empresas também é prejudicada. “Pesquisas recentes indicam que
em 25 anos de carreira, uma pessoa da Geração Y vai trocar 8 vezes de emprego e
4 de área de atuação”, diz.
Fonte: Exame.com