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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Aproveite a Tendência do Cérebro a Voar




Sete funcionários da IBM, cada um num local distinto, participam de uma teleconferência. Enquanto dois falam pelo telefone, outros dois trocam mensagens de texto sobre a conversa; outro abre uma planilha, tentando responder a uma pergunta feita no início da reunião; outro, ainda, busca no Google informações sobre um potencial concorrente; já o último manda um e-mail para um colega que não está na teleconferência.
Esses indivíduos estão sendo distraídos pela tecnologia do século 21? Ou a tecnologia do século 21 permitiu que prestassem atenção de um jeito novo, talvez mais natural, criativo e produtivo?
Todo mundo conhece a história de distrações contemporâneas. Na última década o mundo foi de um total de 12 bilhões de e-mails por dia para 247 bilhões, de 400 mil mensagens de texto para 4,5 bilhões, de uma média individual de 2,7 horas por semana na internet para 18 horas. Podemos até seguir trabalhando em salas ou baias destinadas a nos isolar do mundo lá fora, mas o centro de nossa vida no trabalho é um computador que nos mantém ligados a esse mundo — a colegas, a clientes, à família, à comunidade, à diversão e a passatempos; a tudo que sabemos que deveríamos estar fazendo e a tudo que sabemos que não deveríamos.
Gloria Mark, professora da University of California em Irvine, mostrou que o trabalhador moderno alterna tarefas uma vez a cada três minutos, em média. Uma vez que sua atenção em determinada tarefa é desviada, a pessoa leva em média 25 minutos para retomá-la. Há quem diga que deveríamos tentar eliminar essas distrações. Mas creio que gestores de hoje são capazes de lidar — e, às vezes, até de crescer — com elas.
A pesquisa da professora também mostra que em 44% das vezes em que alguém parou de fazer uma coisa e começou outra a fonte da distração era “interna”, e não “externa”. Ou seja, a mente simplesmente voa. Não podemos culpar a tecnologia por nossa falta de foco, pois o cérebro humano é feito para o multitasking. Feche os olhos por cinco minutos e veja como sua mente viaja, salta, vai para lá e para cá, volta ao início. O sucesso em fábricas e escritórios do século 20 pode ter exigido a estrita atenção a tarefas sistemáticas e sua execução até o fim, mas não é natural para o ser humano operar asim. Toda a conectividade do século 21 talvez nos dê a liberdade para reconhecer esse fato.
Por que fazer da total atenção um ideal e se aferrar a ele num ambiente no qual é tão difícil atingi-lo? Por que não “desaprender” essa capacidade, como diria o futurista Alvin Toffler, para deixar o cérebro funcionar do jeito que funciona naturalmente? Em meus estudos sobre a atenção, encontrei muitas ferramentas que ajudam o gestor a eliminar distrações. Um aplicativo de produtividade batizado de Freedom permite que se bloqueie a internet por um determinado período; outro serviço, o Concentrate, deixa o computador abrir apenas os programas necessários para uma tarefa específica. Linda Stone, a ex-executiva da Apple que cunhou o termo “atenção parcial contínua” para descrever nosso hábito de constantemente escanear o horizonte e nunca se concentrar plenamente numa determinada tarefa, sugere simplesmente desativar a tecnologia.
Controlar o fluxo de informação ajuda, sim, certas pessoas a se sentirem mais focadas e produtivas em certas situações. Mas não está claro que essa sensação reflita a realidade. Um estudo de 300 trabalhadores realizado na University of Melbourne mostra que, embora gente que usa a internet no trabalho para coisas pessoais acredite que o uso derruba sua produtividade, na verdade aumenta a produtividade em 9%. Isso não vale para “viciados” em internet que usam mídias sociais em excesso. Já para aqueles cuja mente simplesmente vagueia entre trabalho e diversão, uma pausa para navegar na internet pode ser o revigorante cognitivo que melhora seu desempenho quando voltam à tarefa em mãos. Em inglês já existe até nome para isso: WILB, ou “workplace internet leisure browsing”. Quem sabe os chefes não vão adotar a prática como uma distração positiva que alivia a tensão e aumenta a criatividade?
Outra estratégia para aumentar a produtividade é dividir deliberadamente a atenção e potencializá-la, como fez o pessoal da IBM na teleconferência. Charles Hamilton, um líder de estratégia de e-learning na IBM, explica que a participação de gerentes em reuniões virtuais é mais intensa devido às mensagens de texto simultâneas, que eles chamam de “back chatting” e que hoje são de praxe; aliás, quando o recurso não está ligado, o pessoal começa a temer que alguém não esteja sendo ouvido. Ao incentivar essas conversas paralelas, os gerentes põem para trabalhar a mente errante. Além disso, promovem uma participação mais igualitária em reuniões em grupo — uma pessoa pode responder sem interromper — e garantem que a conversa inteira flua de modo interativo e produtivo. A atenção é “distribuída” de forma mais uniforme e fluida, em vez de ser dominada por um ou dois participantes loquazes que deixam todos os demais desmotivados e distraídos.
No plano individual, um bom exemplo é o do desenvolvedor de software Aza Raskin, ex-Mozilla e hoje presidente da start-up Massive Health. Raskin sabe que não pode passar a jornada inteira, todos os dias, focado apenas nas tarefas mais importantes. Mas coloca limites a essa atenção dividida. Como? Usando dois computadores em sua mesa e outro um pouquinho mais longe. O trabalho que precisa fazer se encontra no primeiro aparelho, o de mais destaque, que não está conectado à internet. Ao lado há outro computador com acesso a e-mail e internet. O terceiro, a uma curta distância dali, está ligado ao Twitter e ao blog do executivo, com um lembrete intermitente do trabalho “de verdade” que o espera em sua mesa. Sua estratégia é tornar a procrastinação difícil, mas não impossível, pois o foco total e absoluto está fora de seu alcance — e nem é necessariamente desejável no ambiente de trabalho de hoje. Os três computadores de Raskin o ajudam a programar interrupção e divagação em seu dia.
Nem todo mundo tem o mesmo estilo ou as mesmas exigências de atenção, de modo que um bom gestor do século 21 precisa descobrir como deixar o trabalho multimídia ajudar o pessoal. Olhar a esmo pela janela é tão importante para a criatividade quanto entrar no Facebook para ver as últimas fotos do sobrinho e em seguida voltar a trabalhar com um estado de espírito melhor, mais leve, mais produtivo. Estudos mostram que o acaso, a interrupção, a distração e a diferença aumentam nossa motivação a aprender e resolver problemas, tanto individual como coletivamente. O segredo é aceitar e até criar interrupções positivas.
No futuro, a atenção parcial contínua talvez não seja vista como problema, mas sim como uma habilidade nova, crucial. E talvez nem chamemos isso de multitasking — mas sim de multi-inspiração. 

Fonte: HBR Brasil
Cathy Davidson é titular da cátedra John Hope Franklin Humanities Institute Professor of Interdisciplinary Studies na Duke University, nos EUA. 

terça-feira, 11 de junho de 2013

Os tropeços de carreira mais comuns da Geração Y

Acreditar na tipologia geracional é o primeiro erro de carreira cometido pelos jovens da Geração Y.

A agilidade de uma geração que cresceu com rápidas mudanças tecnológicas está plenamente de acordo com as necessidades atuais das empresas. “O que o mercado de trabalho exige vem ao encontro do que a Geração Y tem a oferecer”. No entanto, os jovens devem ficar atentos para não cometer alguns tropeços, já que a os primeiros anos de carreira geralmente são permeados por muitas dúvidas, principalmente no que diz respeito à conduta esperada pelo mundo corporativo. EXAME.com foi investigar com os especialistas quais os erros mais comuns cometidos pelos profissionais da Geração Y. Confira o que eles disseram:

Cair nos estereótipos geracionais
“É uma geração inquieta, multitarefa e questionadora. O primeiro erro destes jovens é acreditar que eles são da Geração Y e atuarem com tal”, diz o coach Homero Reis. 
Ou seja, acreditar nesta tipologia geracional e apostar em uma postura estereotipada é, de acordo com o especialista, um erro.

Não é porque você é jovem que não precisará se adaptar à cultura corporativa e respeitar hierarquias, por exemplo. “As empresas não convivem, o profissional vai precisar entrar no esquema da companhia”, explica.
Imediatismo
“A pessoa nem planta e já quer colher os frutos”, diz Homero Reis. O tempo de “casa”, geralmente, é o preço a se pagar para conquistar uma promoção. “Mas nem todos os jovens estão atentos a esse tempo de aprendizado, e a ansiedade prejudica bastante”, acrescenta Avellar. É comum os profissionais da Geração Y partirem em busca de novas oportunidades sem se darem o tempo necessário de amadurecimento no cargo necessário para garantir a ascensão profissional. “Quando eles consideram que as coisas não estão acontecendo, já partem para outra”, diz Avellar.

 Achar-se dono da verdade
É o que Homero Reis chama de relativismo. “O jovem interpreta o mundo a sua maneira e considera que esta interpretação é a única verdadeira”, explica. A consequência é deixar de ouvir as outras pessoas e aprender com elas.
Esta prepotência tem mesmo sido um dos problemas detectados pelos executivos quando o assunto é relacionamento dentro do ambiente de trabalho, de acordo com empresário gaúcho Bruno Perin criou o projeto Será que Tá certo?, em que executivos de sucesso dão dicas de carreira para a geração Y. 
“Os jovens já estão sofrendo com os conflitos internos nas empresas já que em um mesmo ambiente convivem pessoas de gerações diferentes”, diz Avellar.

Não aprender com os erros
Para Homero Reis, um problema recorrente nos jovens da geração Y é a ausência do que ele nomeia como 'senhoridade'. “É um conceito relacionado à capacidade que a pessoa tem de sustentar a vida a partir de suas próprias experiências”, explica.
Para desenvolver a "senhoridade" é preciso percorrer uma estrada, ganhar experiência e aprender com os erros cometidos. “Quem não tem senhoridade não se vê responsável pelos seus erros e fracassos. Se erra, o culpado é o outro”, diz. 
Pensar que você não foi aprovado em um concurso porque a concorrência era grande ou justificar a promoção que não veio com o fato de o chefe não gostar de você são exemplos de falta de “senhoridade”, diz o especialista.
“Se não passou no concurso é porque não estudou o suficiente. Se não foi promovido é porque a relação com o chefe não é boa e o profissional também tem responsabilidade nisso”, diz ele, considerando que falta nos jovens a capacidade de aprender com os erros.
5 Dificuldade de criar relacionamentos sustentáveis
“O maior erro é não criar relacionamentos sustentáveis com as pessoas e as empresas.”, diz Avellar. A superficialidade das relações é uma grande inimiga do networking, que para ter efeito esperado necessita de tempo e investimento, lembra o especialista. 

Mas não é só isso, a relação com as empresas também é prejudicada. “Pesquisas recentes indicam que em 25 anos de carreira, uma pessoa da Geração Y vai trocar 8 vezes de emprego e 4 de área de atuação”, diz. 
Fonte: Exame.com

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Entusiasmo: "A Luz Divina que nos Move"


Entusiasmo – vem do grego “en theos” – ter Deus dentro de si.
 Ter a “luz” divina como impulso que nos move.

O entusiasmo é uma sensação arrebatadora, um impulso criador. Criador porque se na raiz de sua palavra pode ser comparado a um Deus, ele CRIA. O ser entusiasta tem um estado de espírito otimista, acredita em si, nos outros e em sua capacidade de criar, fazer, construir…
Hoje no nosso dia-a-dia atribulado e repleto de falta de tempo não pensamos em nosso entusiasmo e nas coisas que nos fazem sentir essa luz “divina”. Estamos ligados no piloto automático e seguimos imersos em nossa rotina sem grandes questionamentos. Saber o que nos gera o “en theos” está diretamente relacionado com a descoberta daquilo que nos move, inspira e motiva. E essa é uma das questões primordiais da vida humana e sem querer estamos esquecendo de rever esse importante pilar para entender nossas motivações … e vamos seguindo mecanicamente dia após dia.
Na Grécia antiga, época dos helênicos (sécs XV – V a.c) acreditava-se que o entusiasmo estava relacionado com a paixão de viver, não apenas o sentimento que enamora homens e mulheres, mas a paixão pela vida em si. Curiosamente a palavra paixão também vem do grego “pathos”, a qual descrevia aqueles com “brilho incessante no olhar”, em contrapartida aquele que perdia essa luz era considerado apático (“aphatos”), ou seja, sem paixão – sem entusiasmo, sem motivação. Doente.
E os gregos nesse assunto tinham uma chave que fazia todo o sentido. Aqueles que se encontravam apáticos tinham um espaço certo para reencontrar sua vontade de viver: o Kemitério. A palavra hoje causa um certo calafrio, pois nos remete ao termo cemitério, já vamos entender porque. O Kemitério era um lugar público onde o ser apático podia permanecer o tempo necessário até que redescobrisse sua paixão de viver. Nesse espaço eram induzidos a dormir um sono profundo para que tivessem contato com seu mais profundo eu. Quando despertavam eram orientados por médicos sacerdotes em busca de dois pilares essenciais: como e por que tinham se desviado de seu destino e também as causas da perda da paixão - entusiasmo.
Literalmente nesse local as pessoas adormeciam e deixavam uma parte de si morrer para renascer de outro modo, com suas paixões e motivações recuperadas. Esse processo de “renascimento” levava o tempo que fosse necessário, o importante era o reencontro da “luz divina”.
Quando os soldados romanos invadiram a Grécia estranharam esse local com tantas pessoas hibernando como mortas e foi por isso que o termo cemitério foi empregado para designar o local onde os mortos habitam. Puro erro de interpretação dos romanos, pois o Kemitério era sim um lugar de renascimento.
Hoje não temos mais esse espaço helênico para renascer e recuperar nossas motivações, mas ainda se faz necessário encontrarmos uma pausa para estimular revisões internas e recuperar nosso “en theos”. Buscar algumas atividades e práticas que nos tirem da rotina e nos sirvam como espaço de contato com nosso eu podem ajudar. Você não precisa necessariamente ir até um ashram na Índia em busca do silêncio, existem alternativas interessantes que podem ajudar nesse processo, pois também nos tiram de nossa realidade objetiva. Os esportes, diversas terapias, cursos, meditação e até a prática de jardinagem, artes etc … podem servir como ativadores do nosso “en theos”.
Essa passagem da história grega nos lembra do quanto o entusiasmo é fonte de motivação, inspiração e saúde e o quanto é importante não deixá-lo de lado em detrimento de nossa correria desenfreada. Reservar um tempo para rever o que faz o olho brilhar pode fazer toda a diferença no nosso dia-a-dia, pois gera em nós um sentimento menos mecânico e mais orgânico em relação à vida e nossos propósitos.

Fonte: Harvard Business Brasil
Ócio criador, trabalho e saúde – Viktor D. Salis

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Ciência de Vencer

Estão  cheias as livrarias de todo o mundo de livros que ensinam a vencer. Muitos deles contêm indicações interessantes, por vezes aproveitáveis. Quase todos se reportam particularmente ao êxito material, o que é explicável, pois é esse o que supremamente interessa a grande maioria dos homens.
A ciência de vencer é, contudo, facílima de expor; em aplicá-la, ou não, é que está o segredo do êxito ou a explicação da falta dele. Para vencer - material ou imaterialmente - três coisas definíveis são precisas: saber trabalhar, aproveitar oportunidades, e criar relações. O resto pertence ao elemento indefinível, mas real, a que, à falta de melhor nome, se chama sorte.
Não é o trabalho, mas o saber trabalhar, que é o segredo do êxito no trabalho. Saber trabalhar quer dizer: não fazer um esforço inútil, persistir no esforço até o fim, e saber reconstruir uma orientação quando se verificou que ela era, ou se tornou, errada.
Aproveitar oportunidades quer dizer não só não as perder, mas também achá-las. Criar relações tem dois sentidos - um para a vida material, outro para a vida mental. Na vida material a expressão tem o seu sentido directo. Na vida mental significa criar cultura. A história não regista um grande triunfador material isolado, nem um grande triunfador mental inculto. Da simples "vontade" vivem só os pequenos comerciantes; da simples "inspiração" vivem só os pequenos poetas. A lei é uma para todos. 
Pessoa.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Você é mais capaz do que Acredita

Muitas vezes subestimamo-nos e acabamos por viver de forma mais limitada em comparação com as nossas capacidades. Quantas vezes nos surgem desafios que parecem impossíveis, e depois somos obrigados a ultrapassá-los, e conseguimos? Temos mais capacidades do que pensamos. Precisamos nos desafiar em vez de estar à espera de que os desafios nos alcancem.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Comportamento - Qualidade de Vida nas Organizações


Gráfico

As transformações do mercado e a exigência cada vez maior por padrões elevados de qualificação e desempenho influenciam grandemente no dia a dia dos profissionais. Muitas organizações preocupadas em contribuir para uma melhor qualidade de vida de seus colaboradores estão inserindo em seu rol de benefícios planos de saúde para seus familiares, participação em competições esportivas, espaços internos destinados ao lazer e relaxamento, visando o bem estar e a saúde dos funcionários. E a demanda por uma melhor Qualidade de Vida só tem aumentado com a inserção da Geração “Y” no mundo corporativo, uma vez que tão importante quanto o trabalho, o ranking das prioridades dos jovens profissionais está a prática de esportes, a assiduidade na academia,o divertimento e a vida social intensa.
Diante deste cenário, a Missel Capacitação Empresarial realizou recentemente uma pesquisa para identificar como está a qualidade de vida dos líderes organizacionais, indicando modelos de comportamentos que possibilitem alcançar o sucesso profissional sem descuidar da qualidade de vida.
A pesquisa é resultado de um estudo sobre a qualidade de vida de 100 líderes de grandes e médias empresas a partir da classificação estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (QV/OMS). No contexto empresarial, a qualidade de vida é associada ao bem-estar dos funcionários, que inclui aspectos de saúde, ergonomia, segurança, lazer e o estudo analisa a Qualidade de Vida, em 4 dimensões: na vida pessoal do profissional, no ambiente que vive e trabalha, suas condições físicas e estado psicológico:
 Em funções de liderança a maior satisfação dos líderes para Qualidade de Vida está em relação ao ambiente em que vivem, ou seja, sua segurança física e proteção, ambiente do lar, recursos financeiros, cuidados de saúde e sociais e oportunidades de adquirir novas informações e habilidades, ambiente físico e transporte.
 Em segundo lugar estão os aspectos de Qualidade de Vida referente a Saúde Física, ou seja, desconforto físico, energia, sono, atividades da vida cotidiana, dependência de medicação e capacidade de trabalho.
 Já com menos relevância, em terceiro lugar no ranking da Qualidade de Vida dos líderes organizacionais estão os aspectos Psicológicos, como autoestima, sentimentos, capacidade de pensar, aprender, afetividade e autoconhecimento.
4º A baixa Qualidade de Vida é apontada pelos líderes na vida Social, qualidade e quantidade dos seus relacionamentos pessoais e familiares.

Embora os profissionais demonstrem maior satisfação com o ambiente onde vivem (conforto e bens materiais), os líderes pesquisados sentem-se insatisfeitos nas relações pessoais, familiares e sexuais e esta insatisfação pode advir do menor tempo que possuem para conviver com a família e amigos, em detrimento da dedicação ao trabalho. Neste contexto, identifica-se uma boa explicação para o crescente número de gestores interagindo com o mundo através das redes sociais: elas fazem a conexão dos líderes com o aspecto social de suas vidas.

Fonte: HSM - Simoni Missel 










quinta-feira, 25 de abril de 2013

Astúcia e Malícia também são requisitos de um bom Líder

Liderar num mundo que entremeia bondades, maldades, loucuras e semi-safadezas de todos os tipos exige líderes configurados para não serem apenas uma “garotinha”. Preparar lideranças de verdade significa mergulhar no conhecimento dos malévolos, das falcatruas, do reino de corruptos e corruptores.

Um líder precisa conhecer as entranhas do mal, precisa se sensibilizar para os bem intencionados incapazes. Dele, líder, será exigido competência para permitir a todos , a explosão de suas capacidades, de sucesso e de felicidade. As famosas malícias e astúcias servem, portanto, tanto aos coelhos quanto às tartarugas, são fundamentais tanto às raposas quanto aos galos e galinhas, e perpetuam a moral das histórias de lobos maus e três porquinhos.

As opções entre as forças criadoras versus as escolhas da entropia, dos buracos negros do universo e da vida, são determinadas pelo código de valores. Essa conexão com as decisões dos líderes ocorre na velocidade do microinstante, no encadeamento de visões, crenças e verdades íntimas definidas pela hierarquia de valores processados no software cerebral de cada um. E quem programa essa “nuvem”?

Potenciais genéticos, educação, formação, berço, aprendizados. Líderes são criados desde o nascimento. Líderes são forjados desde “bebês”, quando são ensinados a olhar, e pela forma como são “olhados”. Os olhares de fogo, de pais, do meio, vizinhos, e das informações inseridas nas suas células desde a concepção, formam e reformam essa criança. E, nesse caso, será exatamente essa criança e dessa criança, o advir do líder, pois os grandes líderes estudados, apresentam todos a forte característica da “neotonia”. Isso quer dizer, manter viva a sua criança interior, a sua fonte de juventude.

Nesse sentido, astúcia e malícia se aprende no jogo da vida, na rua, nos pequenos conflitos, e, desde cedo, no embate sucessivo com o mundo real. A grande e maior arte da astúcia e da malícia representa driblar as artimanhas e os engodos tentadores do mal, da fraqueza e do medo. Quase sempre, e na maioria das vezes, essa luta exige saber permanecer nos combates e obter possibilidades de vitória.

Malícia será a arte de arrancar das entranhas do mal o seu antídoto. E astúcia representará a inteligência preventiva de negociar com lobos em pele de cordeiro. A síntese final dessas escolhas é revelada pela história. Aquele que utiliza a malícia, a astúcia e a força para o engano, a maldade e a sacanagem, termina sempre atropelado por outro do seu próprio elenco de nefastos. Quer dizer, sucessão nas forças criadoras é arte evolutiva, nas áreas da entropia é câncer degenerativo.

Fonte: Revista Exame