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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Qual a mais importante invenção da humanidade nos últimos 100 anos?

Com esta pergunta, Gary Hamel, um dos mais renomados especialistas do mundo em gestão, eleito recentemente um dos mais influentes pensadores de negócios do mundo pelo The Wall Street Journal, começou sua palestra sobre empresas excepcionais para tempos excepcionais na ExpoManagement 2010.

“A inovação da gestão é a resposta. Mas nem sempre pensamos na gestão como uma invenção em si. A gestão é a tecnologia das invenções humanas”, declara o professor, defendendo a ideia de que a inovação em gestão tem a capacidade única de criar vantagem de longo prazo para as empresas. E como as empresas mais bem-sucedidas de amanhã serão organizadas e administradas? O que será diferente na maneira como as empresas gerenciam a capacidade, distribuem recursos, desenvolvem estratégias e avaliam o desempenho?
Durante a palestra, Hamel explicou que a máquina da gestão moderna faz com que pessoas rebeldes, dogmáticas e de espírito livre adaptem-se a condições e regras, mas, para isso, ela desperdiça quantidades imensas de imaginação e iniciativas humanas. “Ela traz disciplina às operações, mas coloca em risco a adaptabilidade organizacional. Ela multiplica o poder dos consumidores no mundo todo, mas também escraviza milhões em organizações hierárquicas e quase feudais”.
Para ele, a gestão moderna contribuiu muito, mas exigiu muito em troca, e continua a exigir. “Devemos aprender a coordenar os esforços de milhares de pessoas sem criar uma hierarquia opressiva de administradores, manter controle sobre os custos sem sufocar a imaginação humana, e construir organizações em que a disciplina e a liberdade não sejam mutuamente exclusivas”,ressalta, lembrando ainda que neste novo século devemos lutar para transcender os trade-offs aparentemente inevitáveis, que foram o legado infeliz da gestão moderna. “Se você tivesse a oportunidade de começar do zero a gestão da sua empresa, como você faria?”, questiona Hamel.
Embora a prática da gestão possa não estar evoluindo tão rapidamente como já o fez, o ambiente que as empresas do século XXI enfrentam é mais volátil do que nunca, afirma o professor, enfatizando que quase toda gestão moderna foi inventada. “Todas as ferramentas, métodos e práticas que usamos hoje foram inventados pelos pioneiros que nasceram no século XIX. Mas quase nada foi feito na forma como gerimos nossos seres humanos”.
Hamel destacou ainda que a tecnologia de gestão varia tão pouco nos diversos setores e nos diversos países, e que os sistemas de gestão são muito parecidos. “Todos os modos de levar ao poder são iguais, pouquíssimas empresas são diferentes. Por que iremos precisar de uma revolução radical na forma de fazer gestão?”
Ciclos de vida - O professor explicou que os ciclos de vida da estratégia estão diminuindo. Graças à abundância de capital, o poder da terceirização e o alcance mundial da web, é possível reforçar um novo negócio com rapidez inusitada. Mas quanto mais rápido for o desenvolvimento de uma empresa, mais cedo ela realizará seu modelo de negócio original, atingirá o auge e envelhecerá. Cada vez mais, a parábola do sucesso se assemelha a um pico.
Precisamos fazer correções temporárias e aperfeiçoamentos. Criamos projetos e mecanismos de inovação, em vez de organizações que sejam inovadoras do topo à base. Chamamos nossos empregados de parceiros e membros da equipe, mas não ampliamos substancialmente a esfera de ação de sua autoridade. Incentivamos as pessoas a colherem positivamente as mudanças, mas resistimos em adotar os princípios do ativismo de base. “Falamos sobre meritocracia, mas hesitamos diante da ideia de um processo de compensação salarial de 360 graus”.

Adaptação - Essas novas realidades exigem novos recursos gerenciais e empresariais. Para prosperar em um mundo progressivamente inovador, as empresas terão de ser tão estrategicamente adaptáveis como são operacionalmente eficientes. Para proteger suas margens, elas devem tornar-se entusiastas de inovações transgressoras. “Se quiserem ser mais inovadoras e inteligentes do que uma multidão crescente de start-ups, devem aprender a inspirar seus funcionários para que dêem o melhor de si todos os dias”. Esses são os desafios que devem ser enfrentados pelos inovadores de gestão do século XXI.
Hamel salientou que um modelo novo de como você organiza os seres humanos se faz mais necessário hoje do que qualquer outra coisa. “Como você faz para as pessoas fazerem tudo correto? “Este é um problema de disciplina e coordenação que a gestão vai precisar resolver”.
Novas práticas
Durante seu discurso, Hamel foi enfático ao salientar que precisamos de novas práticas e novos princípios de gestão. “O que mais limita o desempenho da sua empresa é o seu modelo de gestão, ele foi inventado para um mundo passado”, declara Hamel, apresentando a seguir três novos desafios para qualquer instituição. “O seu sucesso vai depender de como você vai lidar com esses desafios”:

1 – Acelere a mudança – ela acontece o tempo todo, o mundo está cada vez mais descontinuado e há muitas coisas mudando num ritmo exponencial. “Cada sociedade está sendo desafiada a mudar num ritmo sem precedentes. Algumas vão conseguir e sobreviver, outras não”. Praticamente todas as histórias das transformações aconteceram depois que as empresas chegaram ao fundo do poço, ou vale da morte.

2 – Rompa barreiras de entrada - para todos os lados, as empresas que mais crescem e são mais lucrativas são as que derrubam essas barreiras. O único antídoto que você tem nesta ultracompetição é a inovação. “É pela inovação, que vai minimizar a competição”, afirma. Apesar de toda a retórica, Hamel afirma que as pessoas não estão preparadas para superar essas barreiras. “A inovação precisa estar no DNA das empresas”.
3 – Busque diferenciação – o conhecimento está se transformando em commodity e as vantagens acabam desaparecendo muito rápido. À medida que o conhecimento vira commodity você tem de ser ainda mais rápido para gerar diferenciação. É só embalar este conhecimento e commodity de uma maneira diferente. “Hoje a Apple tem 4% do mercado de telefones móveis e tem 40% de lucro com as vendas dos telefones. A Apple tem a maior proporção de diferenciação com relação ao custo”.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ExpoManagement 2010


Durante a HSM ExpoManagement 2010, o guru do marketing, Philip Kotler defende a criação um novo patamar para as organizações: o Marketing 3.0.

O desafio de fazer mais com menos é compartilhado em qualquer área ou segmento. Como no marketing não é diferente, a autoridade mundial em marketing e autor de 44 livros, Philip Kotler, aborda um novo olhar sobre o Marketing, na abertura do segundo dia da HSM ExpoManagement 2010.
Criador de conceitos como marketing social, mega marketing, entre outros, Kotler defende agora um novo patamar no mundo dos negócios: o Marketing 3.0, no qual as companhias realmente compreendem seus clientes e partilham dos mesmos valores. “Nesta fase, a empresa se preocupa com a situação do mundo e quer contribuir para um mundo melhor”, pontua Kotler.
O acadêmico abre a palestra avaliando que entre o público presente na HSM ExpoManagement, 70% das empresas estão em um estágio de marketing 1.0, 25% já estão no marketing 2.0 e apenas 5% vivem a realidade 3.0. Mas esta realidade não é exclusiva do Brasil. As práticas de marketing estão evoluindo de forma gradativa.
Considerando que há 60 anos o marketing não existia, Kotler avalia que a mudança do marketing acompanha a evolução dos próprios mercados. Isto porque no passado, havia escassez de produtos, logo não havia a necessidade de uma estrutura de marketing, mas sim um ‘desmarketing’, como o executivo caracteriza, ou seja, era preciso a redução da demanda.
De acordo com Kotler, as empresas que não acreditam no valor de um trabalho sustentável, acabam contribuindo para a sua inviabilidade no longo prazo. “Se negligenciarmos a sustentabilidade, voltaremos a era de escassez. Se não fizermos o que é certo, entraremos na era do ‘desmarketing’”, posiciona-se.
Tendo a visão clara de que o marketing é a ciência de gerenciamento da demanda, Kotler acredita que o modelo tradicional tende a minguar com o tempo. Isto abre espaço para práticas de criação, comunicação e transmissão de valor aos clientes.
“O marketing 1.0 era centrado no produto; o marketing 2.0 era orientado ao cliente e agora o marketing 3.0 é orientado a valores”, explica. Mais do que isso, o professor da Kellog diz que “estamos em uma era em que a cultura da sua empresa é o conjunto de valores que você representa aos seus clientes”.
Mas o executivo alerta que não adianta querer seguir esta nova onda de evolução e partir de uma cultura 1.0 para a 3.0. “Isto é impossível”, desencoraja Kotler. Para sair de um cenário em que mais do que vender, satisfazer e reter clientes, a empresa que deseja fazer um mundo melhor, precisa de uma mudança de comportamento. E um pensamento precisa ficar claro: “Sua empresa vende experiência e não produtos e serviços”, proclama Kotler, como se fosse um mantra.
E para ajudar aos congressistas da HSM ExpoManagement 2010, Kotler lista as 8 características das empresas mais admiradas ao redor do mundo, do livro “A Bolha da Marca”, que analisou 40 mil marcas durante 20 anos. São elas:

Leia texto completo no Portal HSM:

http://www.hsm.com.br/artigos/kotler-uma-visao-humanizada-do-marketing-e-dos-negocios

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ExpoManagent 2010

Durante a HSM ExpoManagement 2010, o criador do conceito do tripé da sustentabilidade, John Elkington, alerta para a necessidade do desenvolvimento sustentável sair da teoria para prática. Confira!




O conceito de Triple Bottom Line, desenvolvido em1994 por John Elkington, que defende a teoria de que as empresas precisam alinhar sustentabilidade, pessoas e lucro, vai completar 16 anos e ainda continua sendo parte de um imaginário do mundo empresarial. “As empresas acham difícil olhar por meio destas três lentes ao mesmo tempo”, sinaliza o palestrante, cofundador da Organização Não Social (ONG) SustainAbility, na abertura do HSM ExpoManagement 2010, que ocorre nos dias 8, 9 e 10 de novembro.



E o motivo desta dificuldade pode estar atrelado ao fato de que não existem prioridades claras nas organizações quando o assunto é sustentabilidade. Um estudo da SustainAbility aponta que existem 12 prioridades sob o ponto de vista do desenvolvimento sustentável. “Isto é prova de que estamos diante de um desafio sistêmico. O sistema econômico que herdamos não está tendo o resultado esperado”, pontua.



Entre as prioridades da agenda sustentável estão, em ordem decrescente:



1. escassez de água limpa,

2. mudança climática,

3. pobreza,

4. perda de biodiversidade,

5. abastecimento de alimentos,

6. instabilidade econômica,

7. subnutrição, responsabilidade corporativa,

8. doenças, poluição do ar,

9. acidificação dos oceanos,

10. toxinas bioacumulativas persistentes,

11. lixo eletrônico e

12. supernutrição.



E para o palestrante “as empresas não conseguem trabalhar sozinhas” diante destas questões. Afinal, os desafios variam entre problemas sociais e econômicos. “Isso sugere o surgimento de uma agenda altamente complexa, na qual inúmeras e variadas questões competirão por atenção e recursos”, acredita Elkington.



O ambientalista sugere que as empresas decidam quais questões são fundamentais para os stakeholders e para o sucesso comercial. Contudo, é preciso um ponto de atenção, pois o “grau de relevância pode tomar aspectos diferentes conforme se analisam um, dois ou os três tipos de valor: econômico, social e ambiental”.



Diante deste cenário, o palestrante avalia que “as empresas de hoje não conseguem manter o êxito à medida que o cenário muda”. Por isso, é importante criar mecanismos que permitam rastrear o que ele denomina de “materialidade” de um conjunto de necessidade da empresa, no qual as prioridades são mapeadas.

Saiba mais:

http://www.hsm.com.br/artigos/john-elkington-os-executivos-sabem-qual-compromisso-estao-assumindo

sábado, 6 de novembro de 2010

ExpoManagement 2010

Começa nesta segunda-feira, dia 8, a ExpoManagement 2010. O maior encontro de conhecimento de gestão da América Latina.
A CostaLima Consultoria estará presente e fará a cobertura completa do evento. 
Acompanhe aqui no Blog os comentários sobre as palestras no  Auditório Principal  onde estarão presentes os maiores pensadores do management da atualidade, apresentando as tendências e os caminhos para superar os desafios do mundo corporativo nos próximos anos.
O guru do marketing, Philip Kotler, falará em como criar valores autênticos de responsabilidade social nas empresas, cultivando-os de dentro para fora. Leia mais.
Hans Donner, designer da Rede Globo, mostra como as inovações em design podem valorizar a singularidade das organizações brasileiras. Leia mais.
Além de Kotler e Donner, estarão presentes na ExpoManagement 2010, nomes consagrados do mundo corporativo como John Elkington, que abordará o tema da “Sustentabilidade”, Sir Terry LeahySteven Levitt e o ministro de Estado e presidente do Banco Central do Brasil – Dr. Henrique Meirelles, que fechará o evento com uma palestra exclusiva aos principais empresários e executivos brasileiros, entre outros nomes do mundo corporativo.
Além das palestras do Auditório Principal, terão ainda as Rodadas Inspiracionais e as Estações de Conhecimento, e mais de 70 estandes de fornecedores e parceiros.
Serão três dias repletos de atividades e oportunidades, numa programação de tirar o fôlego, com os temas mais relevantes e imprescindíveis para se obter sucesso nos tempos atuais.
Acompanhe os posts seguindo-nos no:



Saiba mais: