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domingo, 20 de dezembro de 2009

Mensagem de Natal

Emprestar para os Pobres


Uma lição de vida e uma estratégia de sucesso.

Muhammad Yunus, ganhador do prêmio Nobel da Paz em 2006, por sua experiência com o Grameen Bank, revelou à audiência do segundo dia da ExpoManagement 2008 como o negócio social pode proporcionar boas oportunidades e contribuir para melhorar o mundo, tendo como ingrediente principal a confiança.

"Quantas crianças vocês ajudaram a sair da desnutrição neste ano?"

Essa foi a pergunta de fechamento de ano feita ao CEO da empresa Grameen Danone, uma joint venture entre a multinacional francesa Danone e o Grameen Bank. A empresa fabrica iogurtes com maior quantidade de nutrientes, destinados a crianças pobres de Bangladesh, pois seu objetivo maior é o benefício social.

Surpreendente? Não, em se tratando da gestão de Yunus, fundador e diretor do Grameen Bank. O projeto de Yunus, de ter um banco exclusivamente voltado para os pobres, inverteu a lógica habitual do sistema financeiro, ao criar um sistema de crédito popular, sem exigência de nenhum aval, garantia ou fiança.

A base do negócio é a confiança mútua. O banco espalhou-se por toda a Bangladesh e conta com 1.781 agências. A instituição tem cerca de 7,5 milhões de clientes, que pegam empréstimos de pequenas quantias (US$ 30,00, US$ 100,00, US$ 200,00...), girando um montante total de US$ 1 bilhão.

Inadimplência? É irrisória: 99% dos empréstimos são pagos integralmente. "Meu maior sonho é reduzir a pobreza das pessoas", revela.

Quando decidiu que assim o faria, ainda professor universitário, não tinha idéia do todo, mas imaginou que um primeiro passo seria apoiar pessoas que tinham dívidas a se livrarem de agiotas e seus juros extorsivos.

Como os bancos tradicionais não emprestam aos pobres, ele mesmo fez um empréstimo, em seu nome, e repassou a um grupo de 42 pessoas. A idéia deu certo e, ante a contínua relutância dos bancos em emprestar dinheiro às pessoas, decidiu fundar um banco de microcrédito.

Após ter sido tachado de maluco pelos órgãos governamentais e pelo Banco Central de Bangladesh, conseguiu a licença para abrir o banco, em 1976. De lá para cá, não parou de crescer.

2 comentários:

  1. É realmente interessante ler uma notícia como esta, enquanto as empresas de hoje em dia só pensam nos lucros e não se preocupam com sua responsabilidade social, ver um exemplo como este é realmente gratificante. Nos faz acreditar que realmente dar para crescer sustentavelmente e sem passar por cima dos seus princípios. Espero ler mais notícias como esta.

    Jéssica Leite

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  2. Concordo plenamente com Jéssica.Isso nos faz acreditar que ainda existem pessoas que se preocupam com outras, e não apenas nos seus interesses.
    O capitalismo ainda não destruiu por completo as pessoas.

    Carol Calado

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